segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Teoria Mamilocêntrica : uma reinterpretaçao da psicanálise


Proponho que o falo seja substituído pelos mamilos. Nao no sentido literal pois no sentido literal os mamilos mal seriam sentidos. Os mamilos nao discriminam negros, mamelucos, cafuzos, brancos e pardos. Estao em toda parte em pares. Sempre acompanhados.
Proponho a inclusao e nao a segregaçao.
Todos serao iguais; exceto os que sofreram de cancêr de mama, que infelizmente serao excluídos; e os que sao dotados de um mamilo a mais, que farao parte de uma elite restrita.
O fato é que o leitinho da mamae é o único apreciado por unanimidade. SEM PUDOR.
Atualmente procuram-se mamilos esquerdos para a campanha "Mamilo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito", interessados por favor se manifestem. (pausa para informe publicitário).
Um dado histórico no qual a Teoria Mamilocêntrica se embasa refere-se a "descoberta" do Novo Mundo. Cristovao Colombo (logo se vê que é um fato histórico) acretitava na existência de um paraíso terreno; nesse paraíso havia um grande montanha branca e lisa, que na verdade era um seio. Ao chegar no pico havia o bico que jorrava leite, e todos os rios seriam de leite.
Muito mais bonito, nutritivo e higiênico do que uma visao romântica falocêntrica.
Imagine só, se Cristovao Colombo imaginasse um falo jorrando?
Vamos entao as fases da nova teoria:
- Fase Oral: a criança se nutre e se sente amada pelo bico do seio da mamae.
- Fase Nao é a Mesma coisa: a criança descobre que a mae cansou de ceder o seu bico do seio e o substituiu por um bico de silicone. (essa fase coincide com o Édipo, pois criança percebe que o bico do seio da mamae é cobiçado pelo papai)
- Fase Eu Amo meus Mamilos: a descoberta de si mesmo.
- Fase Mamilos sao Legais: a criança explora o mamilo alheio.
O fato é que há mamilos de diferentes cores, texturas e tamanhos. Simétricos, unidos, divergentes, arrebitados, encabulados, roxos, marrons, beges e rosáceos.
Encerro com um conselho: volte para casa, após um longo dia de trabalho, acenda uma vela, coloque seu CD da Marisa Monte, tome um banho de espuma e mostre para seus mamilos que você os ama. Ou melhor mostre para sua empregada, seu porteiro, para a velhinha do nono andar e para os filhos do seu vizinho que você os ama.
E que Deus abençoe o mamilo de todos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O amor de Adalgisa



Uma paixão sem limites. Um amor impossível. O caso de Adalgisa Maria João e Ricardo Coração de Leão... Ele... astro de circo cuja fama ultrapassou as fronteiras circenses... popstar que teve seu auge... e depois... a decadência... Distribuiu autógrafos pelo mundo. Fez sucesso entre as crianças e os intelectuais. Era cômico e melancólico; hilário e dramático. De manhã tomava seu café já pensando em seu número, espetáculo que seria apresentado na noite para jovens e velhos ansiosos por risos e lágrimas. Tomava seu café no clima ameno das manhãs e, em cada manhã, uma nova cidade. Lia livros de contos. Gostava de romances, poesias, peças teatrais, mas preferia os contos... breves como o estalido de um beijo. Ricardo Coração de Leão não era domado e nem saltava por entre círculos de fogo.

"Sua figura era inconfundível". Os trapezistas (a família Nerino, com quem passei horas a fio conversando) lembram bem da imagem de Ricardo: "adorava as manhãs... com sua juba atrapalhada, sentava em uma cadeirinha sobre a grama, pernas cruzadas, óculos redondos, lendo Kant... está gravado em minha memória... Gostava muito dele..."

Sim. Ricardo Coração de Leão era míope. Sua dificuldade em enxergar, no entanto, não impediu que... olhando para a platéia durante uma de suas apresentações... seus olhos tocassem o olhar de Adalgisa. Foi amor à primeira vista.

Adalgisa... 17 anos. Oprimida por um pai tirano. Tentou fugir de casa. Tentou suicidar. Sua alma era livre como o canto de um canário... acabaria sufocada pelas grades do patriarcado. Tão bela... tão alegre... vivia triste e cabisbaixa... amuada.. acabaria sufocada pelas grades do patriarcado não fosse...

Dia 12 de agosto de 1973. Pernambuco. A cidade de Triunfo comemorava a chegada do circo! As crianças na rua pulavam gritavam e dançavam a música tocada pelos foliões nos carros alegóricos - havia trompete, tuba, trombone de vara, tambores, fanfarra! Era contagiante! Avestruzes, elefantes, palhaços, trapezistas, mágicos! Todos dançavam! Inclusive nosso herói que lá estava... fazendo a festa e rodeado por meninos e meninas, adultos e jovens de cabelos brancos!
Todos iriam ao circo naquele dia. Menos Adalgisa. Proibida pelo pai.

Não suportaria ver a própria filha naquele antro de perdição e fantasia. E se ela o abandonasse?, fugisse assim como fizera sua mãe, apaixonada pelo mágico do último circo que na cidade estivera. Não! Adalgisa, não!
Ela caiu em prantos e, mergulhada no travesseiro molhado de soluços, decidiu que ou se afogaria no mar ou então... nada... não conseguia pensar em nada mais.

Todavia, como sabeis, ela estava em meio à multidão. Alguma coisa aconteceu. Algo que desconheço deu-lhe forças para fugir... talvez... o sangue circense corria em tuas veias...
E... no momento em que Ricardo, de cima do picadeiro, vestido de príncipe, carregava exultante uma caveira humana em tuas mãos dizendo ser ou não ser, eis a questão!, seus olhos miraram fundo a platéia e avistaram a mais bela criatura jamais vista em tempo algum... Adalgisa...

Viveram juntos durante muito tempo. O felino ensinou à amada as artes do trapézio. Completamente apaixonados, estiveram nos quatro cantos do mundo. Fizeram sucesso! Se amaram! Mas não... não foram felizes para sempre.
Em Barcelona, Ricardo Coração de Leão percebeu os primeiros sintomas de uma doença degenerativa que seria o fim de sua carreira. No contexto da Guerra Fria, com a vista cada vez mais comprometida, seu circo perdeu espaço no mercado que foi se tornando refém do modelo capitalista de consumo... a ditadura do entretenimento... surgiu o Cirque du Soleil em 1984 e... enfim... vislumbrou a própria decadência... ficou cego e foi largado na rua como um cão sem dono. Apesar de cego, enxergava longe. Escreveu um livro com a ajuda de Adalgisa. Nunca foi publicado.


Ela estava com ele o tempo todo. Largou o circo para ganhar a vida ao seu lado. Entretato, o vazio de um gênio incompreendido nunca é preenchido. Vivia em completa melancolia. Ela conseguiu trabalho como garçonete em um restaurante italiano tendo em vista a incapacidade do marido. Casou-se com o chef da trattoria depois da morte inevitável de Ricardo cujo corpo definhava a cada minuto. Foi tudo muito rápido. Antes de se enamorar com o cozinheiro, contudo, sua barriga já anunciava uma nova vida... fruto desse amor impossível: Leo Biagio.

Muito prazer. Eis aqui quem vos fala. Nunca conheci meu pai. Meu verdadeiro pai.

Fui criado em Nápoles... inserido na cultura italiana... à base de fartura, macarrão, vinho e muita música. Desde pequeno era motivo de chacota na escola. Sempre fui um tanto... diferente. Bastante diferente de todos os meus colegas que zombavam de minha aparência. Nunca pareci humano. Sou meio homem... meio... avestruz. Taí uma coisa que nunca entendi, minha aparência de avestruz...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Angra 4 será hidrelétrica


O ministro de minas e energia Lobão anunciou hoje o novo projeto do governo contra o apagão. Ele se inspirou na coletiva de imprensa dando uma canja "chove lá fora e aqui, faz tanto friooo...". A justificativa do governo foi que o projeto nuclear não se adequa à atual conjuntura economica-meteorológica, além do que a energia nuclear é mais perigosa que a energia hidraulica.
A oposição ja se manifestou contra, alegando que já temos um número grande de mortos antes mesmo da inauguração da usina.
Defensores do projeto acusam a oposição de estar julgando em causa própria, uma vez que a maioria dos deputados possuem ilhas em Angra dos Reis.
A previsão de conclusão das obras é para 2012, mas infelizmente até la o mundo vai acabar, como já foi relatado no documentario que está em cartaz em todos os cinemas do Brasil.